Há pouco mais de 1 ano participei de um evento sobre Gestão de Pessoas onde o tema central era: Construindo Transformadores. Os renomados palestrantes, como o Oscar Motomura, abordaram esse tema gerando reflexões sobre liderança, cultura organizacional, o papel de todos na sociedade e outros assuntos que até hoje penso a respeito.
A reflexão me trouxe vários questionamentos: como transformar pessoas, líderes, culturas, sociedade? Será que nós estamos preparados para transformar? E para sermos transformados? Aliás, acredito que a primeira pergunta é: será que queremos passar por um processo de transformação? Temos vontade e coragem para crescer, para evoluir?
Transformação é mudança, é metamorfose, é sair da zona de conforto e por vezes deixar para trás toda a “segurança” com a qual nos acostumamos. Muito tem se falado de crise de significado. Pessoas “realizadas”, com família, saúde, um bom emprego, uma estrutura que batalharam para conseguir e mesmo assim sentem que algo está errado.
Aí vem a percepção que precisam mudar, mas não tem ideia do que e como mudar. Talvez seja necessária uma mudança interna, buscar um propósito, pode ser uma mudança de ambiente, ou até mesmo várias mudanças, entretanto o pensamento é de que há a necessidade de ressignificar, de pensar e de agir diferente.
Vejo de uma forma muito positiva o crescimento e evolução que as pessoas tem buscado através do autoconhecimento, participando de processos de coaching, mentoring, terapia, meditação, plano de desenvolvimento individual, formações específicas e cursos que potencializem o desenvolvimento.
As organizações também têm investido e contribuído nesses processos de desenvolvimento buscando melhorar as relações, o ambiente de trabalho, a gestão e consequentemente os resultados.
Independentemente de onde estamos, ter a consciência dos comportamentos e atitudes, conhecer as potencialidades e necessidades de desenvolvimento pode fazer toda a diferença no crescimento pessoal e profissional, e mais importante é poder ajudar com que cada um descubra o seu caminho a percorrer e qual a sua razão de ser.
Transformar dói e talvez por isso algumas pessoas tenham dificuldade em mudar. Cada um tem suas ansiedades, responsabilidades, vitórias, crenças,
questionamentos, compromissos, valores, enfim o processo de mudança exige consciência, coragem, planejamento, desapego, atitude e ação. Não é só sobre precisar mudar, é também sobre querer mudar, saber o que se quer, onde quer chegar, como será a transição, quais os prós e os contras. Tudo precisa ser pensado, estruturado, elaborado de forma que a transformação seja no tempo e na forma adequada, assim como na história da Borboleta.
Mude para pensar em contribuir com a transformação ao seu redor. O poder transformador está em cada um de nós e pode ser utilizado em qualquer lugar ou circunstância. Seja transformador na sua organização, na sua família, na sua comunidade, na sociedade. Perceba os círculos viciosos ao seu redor e veja como transformá-los, quebre os círculos!
Faça a diferença! Existem muitas pessoas transformadoras que podem nos inspirar, veja como buscar sintonia com essas pessoas e seja protagonista dessa evolução você também!
Jana Ricarte
Administradora, Especialista em Liderança Estratégica, Consultora Organizacional, Empreendedora.